tag:blogger.com,1999:blog-13227969277977339632024-03-04T20:18:43.109-08:00Mundo particularDaianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-83635435175931514112024-02-14T09:10:00.000-08:002024-02-14T09:10:44.228-08:00<p> Estou lendo o livro da Mónica Ojeda, chamado Madíbula. É um
livro incrível no sentido de que, mesmo eu já tendo muitas coisas que me
arrepiaram antes, esse é o tipo de livro que me faz pensar o tempo todo nele e
que me arrepia a espinha. Não por cenas de suspense ou coisas macabras, mas por
tratar de temas tabus de forma bastante visceral, sem muito espaço para amenizações.
De forma crua, algumas vezes cenas são narradas, transformando algo cruel, em
algo banal na voz de um personagem.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A narrativa é de 2 tipos: o narrador onisciente e os
diálogos, que são identificados apenas pela primeira letra do nome do
personagem, o que faz pensar que a autora imagina que o leitor saberá, por ser
óbvio, de quem são as falas ou, talvez, porque a construção do texto todo é
feita com essa brincadeira da dúvida, da possibilidade, de algo que pode ser ou
não ser.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A autora o tempo todo fala de questões ligadas aos limites
do prazer e da dor e em como esses dois aparentes polos muitas vezes se
misturam. É uma constante narrativa sobre os limites que nos colocamos e que
nos são impostos. E como pode ser muito excitante a experiência de ficar no
limiar de ultrapassar esses limites. O limite que separa a vida e da morte é constantemente
explorado, como se ao sairmos incólumes de uma experiência de quase morte,
ganhássemos um ímpeto de vida. As brincadeiras que exploram os perigos extremos
no livro, mostram adolescentes que estão experimentando pela primeira vez sua
sexualidade e o prazer. E são jovens que talvez por viverem em um espaço de
castração, de restrição o tempo todo do seu comportamento, sintam a necessidade
da experimentação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A personagem da professora é extremamente bem construída em
suas características psicológicas e temos uma narrativa que vai seguindo por
trechos de sua vida injetados ao longo do texto. Vemos uma mulher obsessiva
pela mãe e pela falta de amor que marcou toda a sua vida. O seu primeiro objeto
de afeição foi o que lhe rejeitou, sua própria mãe. Para de alguma forma fazer
essa mãe presente em si, ela passa a mimetizar a mãe, de forma a tentar se
transformar nela, em diversos aspectos. E essa é uma relação doentia e tóxica
que se perpetua quando a mãe ainda é viva e depois de sua morte, como uma forma
de manter viva essa mãe. Mas ao mesmo tempo que essa professora busca esse amor
de uma mãe, do qual nunca vai alcançar, ela opera uma relação de vingança com o
ser que a rejeitou e a autora faz considerações muito perturbadoras a respeito
de qualquer relação de mãe e filha. Ela nos coloca a questão de que o
nascimento da filha lembraria a mãe de que seu tempo teria passado e que uma
geração morre, enquanto outra surge<span style="background-color: white;">.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Existe toda uma narrativa onírica também na fala de algumas
personagens, principalmente em uma das adolescentes que é uma das principais
articuladoras desse grupo de meninas. Nessa parte, vemos uma mistura entre o
que é real e imaginário para as personagens e as histórias contadas por elas se
misturam um pouco com os fatos. E é sensacional como o título que dá nome ao
livro aparece muita vezes em analogias e metáforas, com múltiplos sentidos.
Existe uma verdadeira riqueza semântica no livro que faz com que possamos
encontrar ao longo de trechos do livro diversos significados para uma palavra
ou expressão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Eu ainda não terminei o livro, mas estou na metade e ele
tem me instigado muito de uma parte para cá, pois ele deixou no ar algo que
está para ser desvendado, que diz respeito ao universo das mentiras e verdades
e dos pontos de vistas e em como as versões de um mesmo fato mudam de pessoa
para pessoa. Veremos o que me espera e sigo lendo.<o:p></o:p></p>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-22688954485240912072022-05-07T18:56:00.003-07:002022-05-07T19:09:14.654-07:00Uma análise psicológica do "eu"<p><br /></p><p class="MsoNormal">Uma análise psicológica do “eu”<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">O que é ser normal? Essa é uma das questões que me ponho
sempre quando tento me analisar ou tento analisar as pessoas, pois quando penso
nisso não consigo chegar a visualizar ninguém que seja um sinônimo de sanidade
ou modelo de normalidade. São tantas as formas de desequilíbrio, que acho
difícil achar uma pessoa que seja completamente sã e que não tenha qualquer
desequilíbrio psicológico e creio que até os psicólogos também o têm.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Quando somos equilibrados em algo, por outro somos
completamente desequilibrados ou medianamente desequilibrados ou, ainda, não
sabemos lidar com algo. Cada ser humano tem seus traumas, suas manias,
exageros, disparates. Não há ninguém que eu conheço que seja uma perfeição de
sanidade. No entanto, mesmo assim, curiosamente, somos sempre levados a ver,
apontar e julgar os erros dos outros, eu, inclusive, incluída aí, o que é algo
tremendamente curioso.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu mesma faço análise há quase 2 anos e sempre tenho tanto
para descobrir e melhorar. Hoje mesmo me deparei com um vídeo que falava a
respeito das pessoas com perfil de “cuidador” e me identifiquei deveras.
Pessoas desse perfil esquecem de cuidar de si para cuidar dos outros e colocam
os desejos dos outros acima dos seus, exatamente como eu faço com a minha vida.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">No vídeo fala sobre como esse fazer o tempo todo coisas para
os outros significa disfarçar o vazio que é a própria vida da pessoa, como é o
meu caso também. Essa seria uma forma de não enfrentar os próprios problemas,
pois se passa o tempo tentando ajudar os outros e estando disponível para os
outros. Mas no meu caso o que eu faço é, além de colocar os problemas e coisas
dos outros na frente de mim mesma, existe também uma compulsão por colocar tudo
em ordem, por estar sempre fazendo tarefas domésticas numa exigência constante
que todo dia se retroalimenta. Talvez ao estar ocupada o dia inteiro com coisas
que não têm absolutamente nada a ver com o meu querer e com os meus desejos, eu
possa esquecer o que está me fazendo feliz.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">É sempre difícil pra mim analisar a mim mesma e entender o
que quero, o que desejo, o que amo, pois acabo transformando tudo em obrigação,
eventualmente, que chega a um ponto que não sei reconhecer o que eu quero, do
que é alguma imposição que minha mente faz a mim mesma. Estou sempre me
colocando a questão: “O que eu gosto?” ou “O que eu quero fazer?” e “Quem eu
sou?”. É difícil me entender fora do véu do que me foi sempre imposto, do que
eu exigia de mim mesma vir a ser, do que eu realmente quero ser e do que eu
realmente sou.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Sou tímida, tenho medo de ser o centro das atenções, tenho
medo de lidar com o público, tenho muitas vezes medo de falar o que eu
realmente penso e por isso muitas vezes falo o que as pessoas querem ouvir.
Tenho várias inseguranças, às vezes tenho medo de não ser muito inteligente, de
não ter muitas experiências, de parecer desinteressante, de falar algo errado
(como se existisse algo errado pra se dizer), de ficar sozinha e sem amigos, de
ser odiada pelas pessoas, das pessoas sentirem pena de mim, de não alcançar
meus sonhos e correr atrás dos sonhos de outros.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Do que eu gosto? Eu gosto de ouvir histórias, gosto de
fofocas qualquer que sejam, se não forem maldosas com pessoas vivas, mas gosto
de estudar história, gosto da descoberta, da novidade, gosto de conhecer
lugares novos, conhecer histórias desses lugares, das pessoas que vivem ou
viveram nesses lugares. Gosto de experimentar comidas novas, gosto de ir em
exposições, de ter o meu ritual de cinema e comer bobagens e assistir um filme
que estreia. Gosto do mar, do cheiro do mar, de me sentir relaxar enquanto bebo
um drink ou cerveja na praia e ouvir música enquanto estou lá e olhar as
pessoas, olhar as ondas indo e vindo num movimento incessante e sem fim.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto dos bares, da noite, da vida noturna, de ver as
pessoas saindo para se divertir e beber e ver a variedade de pessoas na rua, os
cabelos diferentes, com cortes diferentes e cores variadas. Me encanta os
sorrisos, os abraços, de gente nova e velha, ver os afetos soltos e as risadas
de todas as formas, em bocas largas e em lábios finos, sorrisos tímidos e
sorrisos extravagantes.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto, também, de sentar no sofá e ficar aconchegada com
o calor dos gatos no frio, abrir um livro e uma cerveja, deitar na rede nos
dias de verão e sentir o tempo morno e o tempo voando como se estivesse montado
em um pégasus correndo desenfreado.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de olhar a natureza, ver as montanhas com suas árvores
de copas cheias e o céu azul a perder de vista, o céu de brigadeiro, que dá
vontade mesmo de dar uma mordida e deixar faltando um pedaço da nuvem.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de ir ver arte, arte que eu não entendo e fico
curiosa pra entender, de arte que já de cara diz tudo e eu me emociono, tenho
vontade de chorar, que bate em mim daquele jeito atroz e certeiro, que o
artista nem imaginou que estava fazendo a obra pra isso, ou que o danado já
tinha certeza muito bem que estava fazendo algo pra arrebatar quem via.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de viajar, gosto dos aeroportos, da sensação de
pessoas indo e vindo, do burburinho, da efervescência, da sensação de passagem,
de chegadas e partidas, movimento e, principalmente, de novidade, ou da
possibilidade do novo. De rever pessoas, de ver pessoas, de conhecer lugares
novos, de imaginar novas possibilidades, de sentir medo e com um passo a beira
da morte, que te faz sentir viva de novo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de apertar meus gatos, de dar carinho pra eles,
beijá-los, amassar meu rosto no rostinho deles, e adoro ouvir os ronronares que
são dados com tanto carinho e de forma tão gratuita que faz meu coração se
apertar um pouco e se sentir aconchegado. Eu não só gosto, mas eu os amo
profundamente.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de falar sobre sexo, principalmente agora que
descobri que posso falar de sexo sem medo com quem me sinto a vontade e que
sinto que posso falar sobre sexo sem ter que me sentir pervertida por isso.E, a
descoberta foi maravilhosa, pois pela primeira vez eu vi que poderia trocar
ideias, informações e tirar dúvidas com outras pessoas sobre coisas que sempre
tive dúvida ou não entendia, ou não conhecia. E, nessas trocas de ideias eu
vejo como há uma vastidão de coisas que não sei no mundo e como há uma vastidão
de coisas também que sei e que posso dividir e, assim, também ajudar outras
pessoas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de ouvir música nova, de me surpreender com as
letras, de descobrir novos artistas, de conhecer, assim, novas realidade e eu
gosto do fato de que são infinitas as possibilidades e que sempre será possível
conhecer algo novo de que se goste.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Mais recentemente, eu descobri que gosto de ler sobre
feminismos, sobre mulheres, sobre empoderamento feminino, sobre questões
ligadas ao gênero feminino.E, esses estudos me fizeram entender várias coisas
que se passaram comigo e me ajudaram a entender, também, porque as coisas são
como são e o porquê meu irmão tinha privilégios que eu não tinha. Ao mesmo
tempo, eu consegui entender os motivos das minhas revoltas e consegui entender
que eu estava certa, que tudo aquilo pelo qual eu me sentia inconformada não
era sem motivo, mas a quem eu me dirigia, sim, era errado. O feminismo me fez
entender melhor a minha mãe, me fez ser mais compreensiva com a pessoa quem ela
era e quem ela é e me fez admirá-la, algo que eu nunca poderia imaginar que
aconteceria. Me fez aceitar as minhas limitações, e as das gerações de mulheres
anteriores a mim e d minha própria geração. O feminismo foi de certa forma
libertador, pois me fez ver para muito além do que eu já conhecia. E, uma das
coisas mais importantes é que o feminismo me ensinou sobre sororidade e sobre
reconhecer nas outras mulheres semelhanças e, em razão disso, a respeitar mais
a diferença e as diferentes vivências com menos julgamentos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de organizar festas, mesmo sabendo que ficarei
super cansada em organizá-las, eu gosto de ver as pessoas interagindo e colocar
diferentes pessoas em contato, pois gosto de ver as pessoas felizes na minha
festa e aproveitando aquele momento, ao mesmo tempo em que posso juntar todas
as pessoas que eu gosto em um lugar só.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de assistir romances heteros bobos com final feliz,
mas hoje em dia fico, também, analisado com ar crítico, vendo a forma como as
personagens femininas são tratadas e de que forma as relações heteronormativas
tradicionais são tratadas no roteiro. Chego a me indignar quando o filme em
pleno século XXI repetem clichês e preconceitos sobre a mulher.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de ler poesia, apesar de ultimamente não ter lido
muita coisa, mas eu gosto de ver o que as pessoas sentem, como sentem e como
falam sobre isso. De me imaginar e comparar as emoções do autor(a) com as
minhas próprias e, dependendo, me imaginar em lugares junto com quem escreveu.
Eu sinto na poesia uma conexão de quem escreveu comigo mesma, com meus
sentimentos, sinto que sou parecida com aquela pessoa e que somos humanos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de entrar numa livraria ou cafeteria ou, melhor ainda,
uma livraria-cafeteria, que descobri por acaso nas minhas andanças e me
deliciar explorando os livros que o lugar tem pra oferecer ou os cafés e
quitutes. Gosto de experimentar, gosto de folhear os livros novos e velhos, me
surpreender com livros que eu nem imaginava que existiam e colocar alguns na
minha lista mental de livros a ler e/ou comprar um dia e, alguma vezes, os
compro mesmo por impulso, geralmente.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto do cheiro de café passando pela manhã, dos dias que se
iniciam e de toda a possibilidade que os dias me oferecem e gosto de pensar que
algo novo e totalmente aberto de possibilidade se inicia, pois é na parte da
manhã que estou mais enérgica e disposta, como se minha barra de energia
estivesse ao máximo.E, gosto, é claro, de manhãs ensolaradas, com céus
radiantes e bonitos e ouvir o canto dos pássaros e conseguir identificar de
onde vem um canto.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de feiras, de comida, de roupas, de cervejas, de
cafés, de doação de animais, de pulga, de antiguidades, de todos os tipos. Acho
que as feiras possuem uma aura especial, elas talvez tenham a ver com as
aglomerações de pessoas que vão a lugares para se divertir ou levar a família
ou ver novidades, gente e curtir o dia, principalmente, o fim de semana. As
feiras são mágicas e se eu pudesse eu ia em tudo que estivesse acontecendo da
minha cidade, seria figurinha marcada das feiras, ia ser a socialite das
feiras.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de andar, com destino ou sem destino, de explorar
por lugares e ruas que eu nunca vi e de descobrir os lugares no caminho, as
construções, suas arquiteturas, as praças, os chafarizes, as cafeterias, os
becos, os grafites, as árvores, os banquinhos, os pontos de ônibus, as
lojinhas, os bares, os jardins, os canteiros, as passarelas, as pontes, os
parques, os restaurantes, as padarias e confeitarias, as hamburguerias,
cervejarias, beer gardens, teatros, museus, pizzarias, os obeliscos, os
monumentos, os mercados, os shoppings, as mercearias, os postes de iluminação,
as placas, o sinais de trânsito, os lagos, as sorveterias, as ruas, os carros,
os táxis e tudo aquilo que o passeio puder proporcionar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de fazer piqueniques, de ficar sentada no gramado
lendo, sentindo o sol bater no rosto, relaxando e/ou ouvindo uma música,
observando as pessoas passarem perto e as nuvens no céu. Eu amo preparar os
piqueniques, fazer sanduíches e garrafas térmicas e curtir o antes e o depois
do evento chamado piquenique.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eu gosto de dançar como se a música libertasse o espírito,
como se a música entrasse no corpo e o fizesse mexer sozinho e ele tivesse vida
própria. Amo sentir o ritmo entrar dentro de mim e seguir vida própria e sentir
os membros se mexendo quase que involuntariamente, pois você se pergunta como
eles aprenderam a se mexer assim e eles não conseguem parar. E, claro, sempre
vou amar subir no queijo, espero até quando estiver bem velhinha, se eu chegar
lá.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de comer e de quando algo que preparei ficou divino,
pois eu cozinho muitas vezes porque não tenho como comprar aquilo que eu
gostaria de comer e se cozinho e dá certo, é a satisfação pura de um prazer.
Amo a comida e os temperos e toda a variedade de culinárias que existem pelo
mundo e amo experimentar e estar, sempre quando posso, comendo algo novo. Gosto
dos sabores fortes de queijos maturados por muito tempo e aqueles com odor fortíssimo,
são os melhores. Amo variados tipos de peixes e frutos do mar e, a cozinha
japonesa e a baiana, assim como a árabe, a indiana, a italiana, mas pena que
não conheço a tailandesa e a russa, para poder incluir nessa minha lista, que
já me abre o apetite.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gosto de aprender línguas, mas gosto de aprender ouvindo as
expressões e comparando com outros idiomas e percebendo a forma como os
diferentes povos têm de expressar o que pensam. Gosto, mais ainda, quando
percebo o que entendo o que está sendo dito quase como se fosse português, de
uma forma que flui natural aos meus ouvidos, como se fosse nativa.<o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal">Gosto de filmes e sempre gostei, desde que era uma pequena
fedelha assistindo coisas como “Conveção das Bruxas” e morrendo de medo com o
filme e “Goonies”, um dos meus peferidos de todos os tempos. Amo os dramas em
que o filme me faz perceber algo sobre mim ou sobre a vida, ou me faz pensar ou
repensar algum questão ou quando o final do filme me deixa de alguma forma
pensativa e me fazendo ficar pensando no filme, mesmo depois que ele terminou.
Gosto quando o filme me faz questionar ou me faz recordar momentos e alguns
deles possuem uma grande carga emocional ligada à infância. Chaves, que não é
filmes, mas um programa de tv tem uma carga emocional bem alta para mim, pois
fez muita parte da minha infância. Lembro que era o programa que eu assistia no
SBT sempre depois do almoço.<o:p></o:p></p>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-61292539324865456152022-05-07T18:50:00.015-07:002022-05-07T19:07:26.519-07:00 Um breve reflexão sobre eutanásia e religião<p> <span style="text-align: center;">Um breve reflexão
sobre eutanásia e religião</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">A vida que temos é resultado de escolhas, escolhas que dependendo
do ponto de vista podem parecer certas ou erradas. Mas não só de escolha é
feita a vida, ela é feita também dos acasos, de planos que não dão certo, das
coisas que não funcionam exatamente como gostaríamos, de visitas inesperadas,
de tempos imprevistamente nublados e chuvosos, de conduções que perdemos e, é
claro, de perdas. A vida não pode ser controlada, a vida nunca está
completamente no nosso controle, pois existem tantas variáveis que não são da
nossa alçada, que não tem como as coisas serem exatamente como planejada por
nós e, se fosse, nos gostaríamos mais da vida ou menos?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ontem minhas conversas foram sobre escolhas, sobre as
escolhas que podemos fazer enquanto estamos saudáveis, sãs ou em controle de
nossas faculdades mentais. E isso me fez pensar no controle severo de algumas
religiões sobre nossos corpos e sobre o que podemos fazer com eles e, de tabela,
sobre as nossas próprias mortes. A igreja sempre desprezou o aborto e o
suicídio, pois “não matarás” é considerado um dos dez mandamentos que não podem
de maneira alguma ser infringidos. No entanto, se pararmos para pensar, de fato
existem muitos outros mandamentos que são “socialmente” aceitos quando não respeitados na nossa sociedade, como: “não olharás
para a mulher do próximo” e “não adulterarás. O que faz pensar na relatividade
com que as pessoas escolhem o que seguir e no que acreditar de acordo com as
suas próprias necessidades, pois existe uma flexibilização dos mandamentos
dependendo do devoto. Mas se existe toda essa flexibilização de alguns dos
mandamentos, por que a quebra de alguns desses é moralmente mais aceita do que
outros?</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para mim essa explicação se dá por interesses dentro da
sociedade e pela próprio pensamento machista da religião que acaba fortalecendo
e imbuindo a nossa sociedade com mais pensamento machista. Já que na sociedade
o que é moralmente aceito é a traição do homem e, não o da mulher, pois a própria
bíblia coloca a mulher sempre num papel de inferioridade ao homem e num papel
de subserviente, dependente e imbuída de características negativas do ponto de
vista cristão, como sendo lasciva, como responsável por várias atitudes pecaminosas tomadas pelo homem, como se fosse uma influência ruim e nascida
com algum tipo de perfídia própria do sexo feminino.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Exatamente por esse contexto machista que a sociedade aceita
as traições dos homens como algo normal, mas considera pecaminoso alguém sequer
pensar em tirar a própria vida, pois o suicídio, que seria o assassinato de si
mesmo, é altamente condenado não só pelo catolicismo e pelo protestantismo, mas
em religiões como o espiritismo. A questão é que a proibição do suicídio está
diretamente ligado com o cerceamento do livre arbítrio do indivíduo e do
direito sobre o seu corpo e de fazer o que quiser sobre o seu próprio corpo.
Não deixa de ser um controle moral sobre o que podemos fazer com nosso corpo,
sobre nossas escolhas e sobre como decidimos viver e morrer. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A lógica das religiões nem sempre se padece do sofrimento
humano e, muitas vezes, pelo contrário, de várias formas incita o autoflagelamento
e o sofrimento como forma de expiação dos pecados, como forma de redenção. Sendo
assim, dentro desse contexto é que deve-se entender como a religião não se
padece de seres humanos que buscam uma morte pacífica e sem sofrimento, ou uma
morte digna e que se dê enquanto ainda existe consciência de si ou, ainda,
alguma forma de entendimento da realidade para que se possa decidir como se
quer partir.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todas essas religiões são de uma crueldade atroz quando se
imiscuem no Estado e transformam o que deveria ser uma decisão pessoal e feita
somente pelo indivíduo em algo que o Estado deve ou não permitir, sancionado
pelo o que a religião considera moralmente correto. Enquanto isso, pessoas
definham em camas e agonizam de dor ou veem suas consciências se esvaindo pouco
a pouco sem que possam dar um fim antes de deixarem de ser elas mesmas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É preciso que a sociedade chegue a um entendimento de que
não existe uma única religião e nem homogeneidade de crenças, então, deve-se
entender que existem outras visões que não são as mesmas compartilhadas por
pessoas de uma determinada religião. Por isso, mesmo que se considere um pecado
mortal certa ação do indivíduo, isso não deve virar uma política de estado e
nem deve influenciar nas decisões tomadas dentro de um Estado Democrático de
Direito. As pessoas devem poder escolher como vivem e como morrem, sem
imposições da religião de um determinado grupo. Quando negamos o direito ao
outro sobre quando tirar sua vida, estamos indo contra a dignidade humana, pois
assim como a Constituição deve assegurar uma vida digna, ela também deve no fim
da vida de todos, assegurar a dignidade em seus momentos finais. Um verdadeiro
Estado Democrático de Direito entende que decisões individuais que não
prejudicam terceiros devem ser respeitados, à revelia do que pensam alguns grupos
ou pessoas.<o:p></o:p></p>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-66996985075716702462022-01-30T12:06:00.004-08:002023-07-23T17:42:56.164-07:00A mulher Elza<p> </p><p class="MsoNormal">Muitas pessoas quando falam da morte da Elza Soares, falam,
inevitavelmente, do Garrincha, tanto, acredito, por ser este um ídolo brasileiro
do futebol, mas também como aquela atitude típica de nossa sociedade: a de sempre
ver as mulheres em relação a seus parceiros, quase como se fóssemos meros apêndices
dos homens. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 2021, eu fiz um curso dado pela Pinacotece de São
Paulo sobre as mulheres no acervo da Pinacotece e me impressionou em como
várias artistas com obras imensamente interessantes só eram conhecidas por ser
mulheres ou amantes de determinados pintores. É como se toda a sua trajetória,
seus feitos, personalidades fossem colocados em relação ao pintor, como se não
existisse uma vida e personalidade independente , elas eram meros
apêndices de pintores famosos brasileiros.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já em 2022, quando da morte da Elza Soares, a história
dessas mulheres me veio à mente. Pensei em como tantas e tantas mulheres foram relegadas
pela história da arte e pela história brasileira oficial para dar lugar à exaltação de homens; e como esse discurso se perpetua até hoje.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No youtube, ouvi no canal do Paulo Rezzuti um vídeo sobre a imperatriz Teresa Cristina. Nele, o escritor mostra como foi contruída uma imagem histórica de uma mulher apagada, sem nenhum protagonismo. É quase como se Teresa Cristina aparecesse na história, unicamente, por ser mulher de D.Pedro II. Todas as suas características pessoais ficaram apagadas para a construção de uma figura pública que não poderia ofuscar o imperador.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em pleno século XXI, os mesmo discursos retrógrados continuam sendo propagados e mulheres continuam sendo colocadas à margem a favor de algum homem. Não há interesse em contar suas histórias e em vê-las sob outros viés, que não o de mães e esposas. Esse reducionismo, aparentemente bobo, que é recorrente em todos os períodos da sociedade ocidental, acaba construindo uma "imagem" da mulher na história, sempre em contraponto ao homem.</p><p class="MsoNormal">Ao falar de Elza como "a mulher do Garrincha" em seu obituário, diminuimos, minimizamos a cantora que foi, sua importância para a música
brasileira, para o feminismo, para a luta negra e LGBT. Dessa forma, apagamos todo o seu percurso para encaixá-la no papel da "esposa de alguém importante". Essa associação ao nome do Garrincha tem um peso ainda maior quando lembramos que o motivo da separação do casal, foi porque ele batia nela.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Não, não consigo aceitar que Elza, com todo o peso que seu nome carrega, seja lembrada em associação com quem, em vida, ela fez questão de se afastar. Com quem em um acidente de carro, estando alcoolizado, foi responsável pela morte de sua mãe.</p>
<p class="MsoNormal">Em que sociedade,
minimamente sadia, faríamos uma homenagem a um ser humano ímpar, enaltecendo
justamente o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>casamento que teve com um homem
abusivo e responsável pela morte de sua própria mãe? Em uma sociedade
sã, só mencionaríamos Garrincha para falar do horror, da opressão que mulheres
como Elza viveram e vivem dentro dos próprios lares com seus parceiros. Usaríamos
Garrincha apenas como exemplo dos execráveis casos de violência doméstica que
terminaram em impunidade para o homem;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e
em como esses ainda são brindados com uma imagem benevolente na história
brasileira.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É um horror termos que todo dia dizer o óbvio, mas quando a
realidade se encontra cada vez mais distorcida e os valores éticos e morais cada
vez mais deturpados, é necessário que expliquemos a verdade retumbante, é preciso
que enfatizemos o óbvio, para que não se use das desculpas mais esdrúxulas para
realizar a defesa do que não deveria de maneira alguma ser defendido. Violência
doméstica é crime e sentimentos de posse e de coisificação da mulher não devem
e não podem nunca ser confundidos com amor. O amor é generoso, carinhoso, compreensivo. O amor diz respeito à partilha, a dar a liberdade do outro de ser quem ele é. Todos somos ou deveríamos ser livres, de qualquer amarra emocional ou física.
O amor não se confunde com violência e a violência não se justifica, se combate.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Editado em: 23/07/2023</p>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-39518719610780234062022-01-29T20:11:00.003-08:002022-01-29T20:18:14.874-08:00Pulso de vida e de morteCaminhamos na corda bamba entre a vida e a morte <div>Nos equilibramos diante do pulso de vida e de morte </div><div>E qualquer desiquilíbrio na linha da vida </div><div>Pode significar uma perda irreversível </div><div>De nosso bem mais valioso, ora ser insubstituível </div><div><br /></div><div>Como neófitos caminhamos como se fôssemos imortais, </div><div>Mas nos sabemos mortais </div><div>No entanto, às vezes é preciso enganar a realidade, </div><div>Escapar dos fatos para viver entre sonhos </div><div><br /></div><div>Nos sabemos poeira do cosmo </div><div>No entanto, nos enganamos achando que somos estrelas </div><div>Astros quase eternos, de tempos passados </div><div>Sombras de entidades já desfeitas no universo</div><div> </div><div>Sonhamos e acreditamos e nos enganamos </div><div>É preciso, para a todo instante encontrar beleza no que nos resta </div><div>Na flor de Maio e de Outubro </div><div>Na breve joaninha se alimentando do parasita em uma flor </div><div>No céu de verão laranja infinito </div><div>No mar de ressaca de tempestade </div><div>No mármore esculpido em carne </div><div>Na beleza que se constrói e que foi construída </div><div>No piscar de um raro vagalume à noite </div><div><br /></div><div>Sim, nos alimentamos dessas pequenas esperanças, </div><div>Dessas pequenas sutilezas, visões, cheiros, cantos, </div><div>O que nos faz despertar todo dia para um novo amanhã, </div><div>Incerto, certo, uma constante dúvida, </div><div>Carregada de expectativa, temores, </div><div>Aguardada, desprezada, irrequieta </div><div>Vida
</div>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-81968053721216589572022-01-29T20:08:00.002-08:002022-01-29T20:20:54.213-08:00O que aprendi tendo minha própria horta orgânica?O que aprendi tendo minha própria horta orgânica? <div><br /></div><div><span> </span>Aprendi que primeiro é bem mais difícil de se ter qualquer tipo de planta em um ambiente controlado, pois apesar da mãe natureza ser sábia, ela é também uma cretina e aquele sua plantinha que fica super bem dentro de casa, se vc for plantar ela na terra, é bem provável que ela seja atacada por inúmeras pragas. Aqui o meu maior problema são as formigas, apesar do benefício de serem grandes decompositores e afofarem a terra, eles conseguem destruir uma parreira inteira em um único dia. <span> <span> </span></span>Aprendi que dá para ser auto-sustentável no manejo com suas plantas, mas que dá trabalho. Você pode compostar e existe uma variedade grande de compostagens que você pode fazer, com uma série de produtos que podem ser pegos de graça, como folhas secas, gramas secas, etc... Você pode utilizar como adubo o esterco dos mais variados animais: coelhos, galinhas, bois, codornas, etc...ou você pode usar a mamona para fazer torta de mamona, ou calcinar os restos de ossos de animais que você come no dia a dia e fazer uma bela farinha de osso. Ou ainda, você pode usar cascas de alimentos, borras de café, deixar fermentar e produzir seu próprio adubo líquido. Você pode ainda usar as cinzas de madeira como adubo, cascas de ovo como fonte de cálcio, que ajuda como adubo, mas também a não deixa o solo tão ácido. </div><div><span> </span>Aprendi que não se pode ter muito apego às plantas, pois algumas são sazonais e vão dar seus frutos e logo depois se vão, como os tomates, que podem dar até umas 2 ou 3 colheitas no máximo ou algumas espécies de framboesas. Ou, ainda, perdas podem ocorrer pelo excesso de chuva e,logo, umidade, por ventanias, por excesso de calor (quando ficam esturricadas) ou, a hipótese que me deixa mais chateada, quando alguma praga devasta a planta, como é o caso de gafanhotos e formigas, que praticamente depenam a planta. </div><div><span> </span>Aprendi que cansa, também, e dá trabalho, pois você tem que estar sempre cuidando das ervas daninhas para não crescerem em volta, você tem que estar atenta às doenças e pragas que a planta pode ter, você tem que adubar periodicamente, regar, às vezes, também, podar e não deixar os frutos, legumes, verduras passarem do ponto. </div><div><span> </span> No entanto, apesar do trabalho a gente percebe a diferença do alimento orgânico quando a gente come um tomate colhido do quintal, uma cenoura, um morango, um pêssego, um pimentão, que têm um sabor completamente diferente do que a gente compra em mercado. Depois de experimentar certos alimentos, o do mercado parece insosso, todos parecem sem um doce e saber acentuado que vc tem nos alimentos orgânicos e frescos. </div><div><span> </span>A minha mãe tem alguns pés de banabeira que já possuem alguns anos e sempre estão produzindo bananas sem nunca termos adubado, mas apenas com as jacas que caem da jaqueira ao lado e as folhas que caem da jaqueira, ela fica com o solo ao redor dela muito nutritivo e é assim que acontece na natureza normalmente. E, essa bananeira que produz banana d´água possui uma banana divina e quando um cacho está pronto pra ser retirado a gente experimenta a melhor banana que já comemos na vida e é tanta banana que dá para oferecer para várias pessoas e ainda sobra muita para fazer diversas receitas. Ano passado mesmo fizemos um recheio de banana e congelamos para usar em panquecas, pois foi uma forma de não estragar as maravilhosas bananas. </div><div><span> </span>Eu aprendi muita coisa errando e, às vezes, errando ainda mais, pra enfim acertar ou não acertar nunca. Por exemplo, ainda estou na minha saga com as formigas. Mas o mais importante que aprendi é dar valor a quem produz orgânicos e quem produz e coloca os alimentos em nossa mesa e, o mais importante, é que quanto mais perto de quem produz o seu alimento, mais fresco ele é. Não existe maneira de transporta alimentos a grandes distâncias e por dias sem que se usem produtos que vão manter o alimento ainda fresco, por isso valorize as feiras locais de produtores locais. Frequentem os lugares onde as pessoas produzem geléias, pães, pastinhas, pois você estará incentivando o trabalho de pessoas com pequenos negócios e incentivando a outras pessoas a também a criar seus negócios. E, tudo que for mais natural, menos processado, mais caseira, sem conservantes será minimamente mais saudável do que alguns dos produtos que adquirimos no mercado. Fora que em vez de encher o rabo de dinheiro de grandes corporações, estaremos ajudando quem precisa mais, que o empresário individual, o agricultor familiar, etc.... </div><div><span> </span>Enfim....depois de um bom tempo me aventurando por esse mundo, descobri que vou abandonar os projetos grandiosos com minhas plantações orgânicos, pois, infelizmente, não tenho tanto tempo pra me dividir em tantas tarefas que a quantidade de plantas que eu tenho aqui exigem e que demandaria pagar alguma pessoa para ajudar nos cuidados das minhas plantas, e que no momento não posso pagar. Mas tenho certeza que no final eu aprendi muito e sem sombra de dúvida no futuro voltarei a comprar alimentos orgânicos e, se possível, dos do MST, que possuem um preço, geralmente, mais acessível.
</div>Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-75871931488000478062015-03-09T10:27:00.002-07:002015-03-09T11:13:47.033-07:00Therma Romae e a arte das termas romanas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFx1IZUEkoSBiRXtPKNd7foM3EbEGKiyjlOXXY27dkO5dOJkfx4kGFY6Pc3D9TRPSD16TQvySpYa_nzHxpKXAtBPbrS_X9T3Dt3AN312lvH2zCIr0jNXo4lvyd4oLMN51Dfh8251YXz8/s1600/Yamazaki_ThermaeRomae_V1_HC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFx1IZUEkoSBiRXtPKNd7foM3EbEGKiyjlOXXY27dkO5dOJkfx4kGFY6Pc3D9TRPSD16TQvySpYa_nzHxpKXAtBPbrS_X9T3Dt3AN312lvH2zCIr0jNXo4lvyd4oLMN51Dfh8251YXz8/s1600/Yamazaki_ThermaeRomae_V1_HC.jpg" height="320" width="222" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Therma Romae é um mangá ficcional, mas que possui muitos detalhes históricos interessantes, não só dos antigos banhos públicos romanos, como também sobre Roma e alguns de seus personagens históricos, como o Imperador Adriano. É um mangá (quadrinho japonês) para adultos, não porque trate de sexo, drogas ou tenha conteúdo violento, mas porque para os romanos a nudez e a sexualidade não era um tabu e muitas das esculturas e cultos romanos para a nossa civilização ocidental atual poderiam ser considerados, no entanto, obscenos.<br />
<br />
A história em si é sobre um modesto arquiteto chamado Lucius Modestus, que herdou a profissão da família. Lucius trabalha projetando termas e é casado, no entanto, logo no começo da história, perde o emprego por seus projetos serem muito antiquados para a época. Um de seus melhores amigos também lhe auxilia algumas vezes, já que trabalha em uma área correlata, como escultor. A parte em que a história fica hilária, no entanto, é quando Lucius entra em um banho público para relaxar e é sugado por um buraco no fundo da terma, indo parar de forma inexplicável no Japão atual. Apesar, dessa parte do mangá lembrar um pouco dos filmes surrealistas de Bruñel e Dalí, pois não há nenhuma explicação lógica para o ocorrido, em nenhum momento o leitor que já está acostumado a ler quadrinhos ou livros de fantasia se sentirá incomodado, pois a proposta do mangá não é a de ser uma obra não-ficcional e histórica e sim uma comédia adulta, que usa elementos históricos.<br />
<br />
Mia Yamazaki, a autora, consegue mostrar com maestria o deslumbramento do personagem da Roma antiga no Japão atual e usa as visitas de Lucius ao Japão para mostrar as diferenças e semelhanças culturais entre 2 mundos diversos. Tantos os japoneses, quanto os antigos romanos dão grande importância às termas, para ambos esse era uma espaço de relaxamento, lazer e até mesmo socialização. Várias pequenas fotos da autora ilustram como são as termas romanas e as japonesas, e dá exemplos também de outros locais do mundo, como os banhos turcos.<br />
<br />
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Terma Romana na cidade de Bath, Inglaterra<br />
<br />
A grande maravilha da história é que quando você começa a ler o mangá, percebe que boa parte dos acontecimentos, cenários e personagens são reais e históricos, pois a mangaka (nome que é dado ao autor de quadrinhos japoneses) é casada com um italiano na vida real (e chegou a viver 11 anos por lá) e já chegou a ser repórter de termas naturais, demonstrando bastante conhecimento e paixão pelo assunto. A medida que a história vai sendo contada, ela nos proporciona dados sobre como era a vida em Roma e até sobre os instrumentos usados pelos escravos romanos para depilarem ou esfoliarem seus senhores nas termas romanas.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Estrígil- instrumento usado pelos romanos para tirar a sujeira e impurezas do corpo.<br />
<br />
Geralmente entre um capítulo e o outro a autora costuma também fazer uma pausa no mangá para fazer relatos de suas visitas em lugares ligados a banhos públicos ou privados, termas, instâncias termais e spas que foram dados e experiências que ela coletou para tornar a história mais plausível e as experiências mais realistas.<br />
<br />
O mangá chegou a fazer bastante sucesso no mundo, principalmente no Japão, onde chegou a vender mais de 8 milhões de cópias. No Japão ganhou, inclusive alguns prêmios dentro do universo dos mangás como o Taishô 2014 e o 14º Prêmio Tezuka (fundado pelo famoso mangaka Osamu Tezuka). E aqui no Brasil ele passou a ser vendido pela editora JBC em 2013 e teve 6 volumes, que ainda podem ser encontrados em algumas livrarias especializadas no universo geek.<br />
<br />
Mas para quem não quer se aventurar pelo universo dos quadrinhos japoneses, há também uma segunda opção, que é assistir o live action I e II, que tiveram sua estréia respectivamente em 2012 e 2014. Abaixo você poderá assistir o trailer dos filmes:<br />
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Therma Romae I (live action 2012)<br />
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<a href="https://www.youtube.com/watch?v=0Www2vf3Fas"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/0Www2vf3Fas/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/0Www2vf3Fas?feature=player_embedded" width="320"></iframe></a> <br />
Therma Romae II (live action 2014)Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-31032265037343322512015-02-24T09:56:00.002-08:002015-03-02T05:26:55.712-08:00Greta Garbo e feminismo no século passado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFmQ1yx-6otEM19JuuuQ5jn5plghsYBCUsv4Ue-j9kEHM2kqKb25Bhm4GcsHQAzzvamgSuLIGnYtzwSiAUK_lu8UBN8nmLKzCtgaPRfuiMuQbtLQg8nLy_tTqLcIWW5W0msYF5z7I6m4c/s1600/Greta_Garbo_-_1939.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFmQ1yx-6otEM19JuuuQ5jn5plghsYBCUsv4Ue-j9kEHM2kqKb25Bhm4GcsHQAzzvamgSuLIGnYtzwSiAUK_lu8UBN8nmLKzCtgaPRfuiMuQbtLQg8nLy_tTqLcIWW5W0msYF5z7I6m4c/s1600/Greta_Garbo_-_1939.jpg" height="320" width="251" /></a></div>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Greta Lovisa Gustafsson, mais
conhecida como Greta Garbo veio para os EUA em 1925, para trabalhar em
hollywood a convite de Louis B.Mayer, o poderoso magnata do estúdio MGM. Junto
com ela veio seu amigo finlandês Mauritz Stiller, que foi o primeiro a dirigir
um filme estrelado por Greta e também o principal motivo da atriz ter sido
convidada por Mayer para fazer filmes na América. Mas, inicialmente a jovem
sueca (Greta estava então com 19 anos) não se encaixava nos padrões estéticos
de hollywood e teve que ser “remodelada” para se adequar a eles. Garbo perdeu
peso, fez reparos nos dentes e alisou o cabelo para finalmente poder
interpretar o seu primeiro papel em um filme americano em 1926 ,chamado “Os
proscritos”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">De todas as coisas que li sobre a Greta Garbo, boas e ruins, me fez
construir em minha mente não um personagem, mas um ser humano, com erros e
acertos, sem maquineísmos, uma pessoa como qualquer outra. De personalidade
tímida e retraída, que odiava os holofotes, e que ao mesmo tempo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teve contato com personalidades fortes e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ilustres como Wilson Churchill. Foi admirada
e procurada por outras figuras famosas como Jacqueline Kennedy, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Como toda mente humana, sua personalidade se contradizia, pois por mais
que odiasse as multidões e os paparazzis, escolheu como profissão ser atriz, e
fazer parte de um dos maiores estúdios de filme da época. Endossou fofocas de
todos os tipos, com homens e mulheres, e ao mesmo tempo que afastava as
pessoas, parecia que seu mistério produzia um magnetismo nos mesmos ,que se
viam atraídos por um olhar melancólico e sincero recato, que talvez nunca tenha
sido a intenção de Garbo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Bem
longe de fazer um relato psicológico da grande atriz Greta Garbo, minha
intenção é falar no que esta personalidade teve de revolucionária na década de
20 até a sua morte, o que trouxe para nós nos dias de hoje que nos causa tanta
admiração, seja pela sua coragem em viver a vida que desejava, seja por tomar
atitudes que na época eram vistas com preconceito.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Podemos
dizer que Greta Garbo causou muita polêmica, principalmente no período que
ainda estava em evidência na mídia, tanto pelas suas supostas amizades e
relacionamentos com homossexuais da época(como Mercedes de Acosta, da qual
trocou cartas durante muitos anos), tanto quanto pelos seus supostos casos .
Apesar de nunca ter dado uma entrevista em que assumisse nada (durante sua vida
toda concedeu apenas 14 entrevistas) e de deixar guardado a sete chaves sua
vida pessoal,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muitas especulações foram
feitas sobre sua sexualidade. Acreditava-se que fosse bissexual e que em
diferentes períodos da vida tenha se relacionado ora com homes, ora com
mulheres. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Algumas de suas ações poderiam projetá-la também como uam figura
importante para o feminismo. Já na primeira metade do século XX<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>questionou as noções tradicionais de gênero,
ao fazer uso de calças, que na época era considerado pouco feminino. De fato a
calça só passou a ser usada pelas mulheres a partir da 1º Guerra Mundial, pela
necessidade das mulheres de trabalharem, já que seus maridos e pais se
encontravam na guerra. Essa peça de roupa era vista muito mais como uma
necessidade do tempo do que realmente como uma roupa feminina. No entanto, com
a 2º Guerra Mundial<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e também com o uso
constante por estrelas do cinema como Marlene Dietrich e Katharine Hepburn, e
pela estilista Coco Channel, as calças femininas passaram a ser largamente
difundidas e mais modelos criados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Outra prova de seu questionamento dos papéis que eram impostos à mulher
na sociedade de então, foi o desejo constante por fazer papéis masculinos no
cinema, como o personagem Dorian Gray, magistralmente criado por Oscar Wilde e
o clássico Hamlet de Shakespeare. Mas infelizmente nunca conseguiu com que a
MGM aceitasse produzir um filme no qual Greta fosse descontruir toda a imagem
que havia sido habilmente construída para ela: a de moça lânguida, feminina, um
ícone daquilo que deveria ser mulher até meados do século passado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Mais revolucionário, no entanto, que todas as decisões tomadas por
Garbo, foi sua omissão. Ao se permitir nunca entrar em um casamento, em um
período que as mulheres ainda sofriam muita opressão para serem verdadeiras
mantenedoras do lar e por desempenharem seus papéis como “bibelôs da casa”,
Greta quebra um “paradigma” sexista de seu tempo. Mesmo tendo se relacionado
com diversas pessoas ao longo da vida, Garbo nunca se casou, sendo que
propostas não faltaram (como a do milionário grego Aristóteles Onassis).
Sabendo que sua timidez, solidão, melancolia e possíveis momentos de depressão
não se conjugariam bem com o que poderia se esperar dela em um casamento,
preferiu que seus relacionamentos interpessoais nunca chegassem a ser um
compromisso timbrado em papel. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;">Em nenhum momento pretendo dizer, no entanto, que a coragem dessa
mulher era do tipo pensado, pelo contrário, já que pela sua biografia
percebemos que viveu reclusa muito tempo em seu apartamento em Nova York com
medo de ser reconhecida na rua e virar notícia de tablóide. Mas como havia
dito, é uma personalidade contraditória, e ao mesmo tempo que havia aspectos de
covardia em si, havia coragem em outros. Acredita-se que tenha inclusive feito
2 abortos quando ainda estava nos estúdios MGM e pagos por este, em um período
em que os métodos contraceptivos ainda eram muito primitivos e ainda não
existia a pílula (criada na década de 60). Podemos imaginar como deveria ser
difícil para uma mulher se submeter a tal procedimento em um período em que o aborto
ainda era ilegal nos EUA (só foi legalizado em 1973) e que não existia todo o
aparato atual da medicina para tornar o procedimento rápido e seguro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Finalizo esse texto concluindo
que o feminismo é muito mais do que uma ideia que se contrapõe ao patriarcalismo,
ao sexismo e a misoginia. O feminismo ele surge de pessoas como Greta Garbo,
que através de suas escolhas de vida, contrariaram completamente os papéis que
a sociedade tentou lhes atribuir. Ele surge assim como uma forma de ver e viver
a vida que não se prende a padrões predeterminados do que é ser homem ou do que
é ser mulher. Ele tem em vista que cada um deve e pode desempenhar o papel que
quiser em sua própria vida. E nesse sentido </span>Greta Lovisa Gustafsson
soube fazer isso muito bem.<span style="mso-bidi-font-style: italic;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
P.S.: Agora esse artigo estará disponível na revista Obvious: http://obviousmag.org/escritos_desafinados/2015/02/greta-garbo-e-o-feminismo-no-seculo-xx.html<br />
E quem quiser poderá acompanhar outros artigos meus através da Obvious: http://obviousmag.org/escritos_desafinados/autor/</div>
Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-830077377432046612015-02-20T04:20:00.000-08:002015-02-20T04:20:00.917-08:00Solidão X Socialização<br />
Uma das ideias que mais marcou a minha vida até hoje era que a de que o lar era o lugar onde está a(s) pessoa(s) que você ama. Então, sempre tive comigo que não importa onde eu estivesse, o mais importante seria quem estaria comigo percorrendo esse caminho. Não foram poucas vezes, no entanto na minha vida que tive vontade de fugir de tudo, de fugir de mim mesma e de todos e ir para um lugar que eu não conhecesse ninguém, onde fosse uma completa estranha. Mas, junto com esse pensamento, também me vinha na cabeça as pessoas que eu deixaria para trás. E outra pensamento que surgia é que eu nunca poderia fugir de mim mesma, não importando para onde eu fosse, a única pessoa que estaria ali presente a vida toda seria eu mesma. Já as outras pessoas, algumas nós escolhemos estar perto e outras foram obra do destino/acaso, como as pessoas da nossa família. O que importa é que não conseguimos desfrutar o mundo e ser felizes sem o outro. É através da alteridade que nos compreendemos, que fazemos sentido e o mundo também. É através do outro que nos percebemos com nossas falhas e acertos, com nossos defeitos e qualidades. Só pelo contato, a convivência com o próximo é que conseguimos compartilhar as nossas experiências, sentimentos, visão de mundo, superstições e conhecimento. Até o conhecimento mesmo por si só não faz sentido, se não é compartilhado com alguém, se não é dividido e saboreado com o outro. Sem outro olhar, estamos fadados a estreiteza de visão, a enxergar o mundo em uma cor só, a viver dentro da caverna de Platão. Só, apenas como um indivíduo, acrescentamos algo a sociedade, mas esta está sempre também nos modificando, pois a corrente das massas, vai inevitavelmente carregando os indivíduos nela.<br />
Como indivíduos temos ideias geniais, impulsionadas pela massa pensante e disforme da sociedade. Estamos sempre criando em um movimento de simbiose que vai do indivíduo pra sociedade e vice-versa. Não creio que existam ingênuos que acreditem que possam viver sem outros indivíduos, sem outros serem humanos que lhes tragam algum tipo de completude ou que lhes possa produzir um sentimento de alegria genuíno, causado pelo simples fato que nem tudo podemos fazer sozinhos, e que sempre vamos precisar do outro. Talvez daí tenha surgido o sentimento de humildade em nós, como nos apercebemos eternamente dependentes de outros seres vivos para continuar vivendo, da caridade de quem nos detesta, como diria Cazuza. Não só quando crianças ou velhos, mas ao longo de nossas vidas frágeis, necessitamos do outro, não como uma muleta, mas como um verdadeiro indivíduo co-depende de outro. Não somos nada sem o outro e outro não é nada sem nós, e assim vivemos todos na interdependência do próximo.<br />
Mas onde eu quero chegar com toda essa volta, é que por mais que em diversos momentos da minha vida a solidão me acometa e eu acabe sentindo alegria por ela me visitar, eu sei que no fundo não somos indivíduos completos sem os outros e não crescemos e nos tornamos pessoas vividas e com diversas experiências de vida sem esse contato. Somos seres sociais, independente do quão solitários possamos ser ou nos sentir em alguns momentos. E esses momentos de solidão são verdadeiros tesouros para algumas vezes refletirmos quem somos e quem queremos ser, assim como também para simplesmente curtir a nossa própria presença.Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-73471888078294430442015-01-05T17:25:00.003-08:002015-01-05T17:25:45.309-08:00Então queres ser um escritor?<h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 22px; line-height: 1.1; margin: 0px 0px 20px; text-rendering: optimizelegibility;">
<span style="box-sizing: border-box;">então queres ser um escritor?</span></h2>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
<em style="box-sizing: border-box;">(Tradução: Manuel A. Domingos)</em></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
se não sai de ti a explodir<br style="box-sizing: border-box;" />apesar de tudo,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />a menos que saia sem perguntar do teu<br style="box-sizing: border-box;" />coração, da tua cabeça, da tua boca<br style="box-sizing: border-box;" />das tuas entranhas,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se tens que estar horas sentado<br style="box-sizing: border-box;" />a olhar para um ecrã de computador<br style="box-sizing: border-box;" />ou curvado sobre a tua<br style="box-sizing: border-box;" />máquina de escrever<br style="box-sizing: border-box;" />procurando as palavras,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se o fazes por dinheiro ou<br style="box-sizing: border-box;" />fama,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se o fazes para teres<br style="box-sizing: border-box;" />mulheres na tua cama,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se tens que te sentar e<br style="box-sizing: border-box;" />reescrever uma e outra vez,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se dá trabalho só pensar em fazê-lo,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />se tentas escrever como outros escreveram,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
se tens que esperar para que saia de ti<br style="box-sizing: border-box;" />a gritar,<br style="box-sizing: border-box;" />então espera pacientemente.<br style="box-sizing: border-box;" />se nunca sair de ti a gritar,<br style="box-sizing: border-box;" />faz outra coisa.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
se tens que o ler primeiro à tua mulher<br style="box-sizing: border-box;" />ou namorada ou namorado<br style="box-sizing: border-box;" />ou pais ou a quem quer que seja,<br style="box-sizing: border-box;" />não estás preparado.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
não sejas como muitos escritores,<br style="box-sizing: border-box;" />não sejas como milhares de<br style="box-sizing: border-box;" />pessoas que se consideram escritores,<br style="box-sizing: border-box;" />não sejas chato nem aborrecido e<br style="box-sizing: border-box;" />pedante, não te consumas com auto-<br style="box-sizing: border-box;" />— devoção.<br style="box-sizing: border-box;" />as bibliotecas de todo o mundo têm<br style="box-sizing: border-box;" />bocejado até<br style="box-sizing: border-box;" />adormecer<br style="box-sizing: border-box;" />com os da tua espécie.<br style="box-sizing: border-box;" />não sejas mais um.<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />a menos que saia da<br style="box-sizing: border-box;" />tua alma como um míssil,<br style="box-sizing: border-box;" />a menos que o estar parado<br style="box-sizing: border-box;" />te leve à loucura ou<br style="box-sizing: border-box;" />ao suicídio ou homicídio,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.<br style="box-sizing: border-box;" />a menos que o sol dentro de ti<br style="box-sizing: border-box;" />te queime as tripas,<br style="box-sizing: border-box;" />não o faças.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
quando chegar mesmo a altura,<br style="box-sizing: border-box;" />e se foste escolhido,<br style="box-sizing: border-box;" />vai acontecer<br style="box-sizing: border-box;" />por si só e continuará a acontecer<br style="box-sizing: border-box;" />até que tu morras ou morra em ti.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
não há outra alternativa.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
e nunca houve.</div>
(Charles Bukowski) <div>
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Escrever é algo extremamente gostoso, que provavelmente só entende quem é viciado na escrita. Já fui viciada na escrita e um das coisas mais legais é quando escrevia justamente sobre esse vício. Agora estou enferrujada e faz uns bons anos que não me dedico a esse ofício mais, mas na época não importava sobre o que eu escrevesse ou quem leria ou não, era apenas algo gostoso de se fazer para passar o tempo e deixar as ideias impressas em algum lugar. Ás vezes batia um medo das ideias nunca mais voltarem a cabeça de novo e que algo importante pudesse ficar pra sempre perdido em alguma gaveta da memória. E ai imagina só, nunca sairia mais aquele livro impressionante que um dia você pensou em escrever ou pior, poderia esquecer um dia importante qualquer, qualquer pra você hoje, mas que naquele dia parecia um dos mais importantes da sua vida. Como saber, se você não lembra mais né? Então eu escrevia em um diário, porque queria lembrar das páginas da minha vida, queria poder voltar pra ver tudo que havia feito que tinha dado um peso grande. Queria poder analisar mais tarde e pensar: "não acredito que fiz isso" ou "como eu era foda naquela época" ou "que besta que eu fui". Seria algo assim bem cheia de julgamentos do seu "eu" de hoje, para o seu "eu" passado. Quem nunca teve um diário não sabe como é. Nem era preciso escrever todo dia, só os acontecimento dignos de nota mesmo. De resto poderiam ser bobagens, algo como poemas, frases de livros, frases de filmes, não importava, o que importava era reter aquelas ideias incríveis em algum lugar. <div>
Faz muitos anos desde que folheie um desses diários antigos, quem sabe um dia desses não pego um ano qualquer e começo a ler e vejo se esqueci pra trás alguma parte de mim importante que se perdeu ou algum sonho grandioso esquecido. Acho que seria o máximo, ou do tédio ou da descoberta.</div>
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Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-41242403477058053202015-01-05T17:01:00.002-08:002015-01-05T17:01:41.740-08:00Quando nada faz sentido ou quando tudo faz sentido<br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">Esperemos</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">Há outros dias que não têm chegado ainda,</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">que estão fazendo-se</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">como o pão ou as cadeiras ou o produto</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">das farmácias ou das oficinas</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">- há fábricas de dias que virão -</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">existem artesãos da alma</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">que levantam e pesam e preparam</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">certos dias amargos ou preciosos</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">que de repente chegam à porta</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">para premiar-nos</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">com uma laranja</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">ou assassinar-nos de imediato.</span><br />
(Pablo Neruda)<br />
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Acho que na verdade essa postagem deveria se chamar "Decepções" já que descreve bem o momento. Apesar disso, nunca me achei uma pessoa que se decepcionasse fácil com as coisas e as pessoas, porque cresci com minha mãe se lamentando o tanto que se decepcionava com as pessoas e na verdade comecei a analisar isso desde cedo e via que o grande problema era esperar que as coisas funcionassem como ela previa. Descobri que as coisas e as pessoas, o mundo num geral não funciona de acordo com o nosso roteiro que criamos em nossa cabeça. Na verdade a vida não tem roteiro, uma grande surpresa! A vida nos leva por caminhos que não esperamos e não imaginamos e quando olhamos para trás, já não conseguimos mais nem nos ver como as pessoas que já fomos um dia. Todo dia somos uma nova pessoa e não sentimos nem um pouco essa perda, mas quando resolvemos fazer uma análise de nossos sonhos no passado, do que imaginávamos que seria a nossa vida hoje, é que percebemos como os rumos que esperávamos tomar em algum momento se desviou em nosso percurso normal pela vida. Ás vezes ficamos tristes por isso, pois lembramos das nossas perdas, sentimos falta daqueles que ficaram pra trás e algumas vezes nos sentimos orgulhosos por chegar onde chegamos. Mas na verdade, nada disso importa, pois tudo é passageiro na vida e não importa o quanto tentemos permanecer os mesmos ou guardar pessoas conosco, tudo sempre passa. O budismo me ensinou isso, mas foi algo que nunca consegui aprender, a me desapegar, a aceitar a inevitabilidade irracional da vida, nunca consegui na prática, só na intenção. E nesse caso a intenção não vale de nada, ela fica no ar, como um projeto grandioso mental, que nunca chegou a ir para o papel. É aquele plano incrível que você tem de enriquecer, mas que nunca tentou por em prática. Eu não consigo, essa tristeza que me causa o não aceitar a mutabilidade de tudo, é o que me faz também sentir as coisas com muito mais intensidade, buscar sempre mais alguma coisa do mundo, tentar extrair verdades maiores da realidade que vivo, querer voltar nos lugares que amei, querer estar sempre com as pessoas que amo. É essa profusão de sentimentos ambíguos, amar e odiar a vida ao mesmo tempo; a solidão de estar junto; sentir uma felicidade triste; acreditar e não acreditar em Deus; tudo isso é o que me leva a esse desassossego tão incômodo, mas tão essencial para continuar vivendo.<br />
Mesmo tendo saído do meu roteiro original para filosofar um pouco, volto para o tema original que era "decepções". Quando penso em "decepção" , acho que me vem a cabeça a minha própria pessoa, pois acredito que "se decepcionar" é algo muito pessoal, que reside muito mais em si mesmo do que nos outros. "Se decepcionar", não é algo proporcionado pelo outro, é algo proporcionado por nós mesmos ao criar ideias de como as pessoas deveriam responder a certas situações ou deveriam agir com relação a você. Como dizia antes, o comportamento humano não é algo que possa ser previsto, simplesmente porque você acreditava que determinada pessoa agiria de tal forma em determinada situação ou porque o certo era agir de certa maneira. Minha maneira negativa de ver o ser humano (inlcuindo a mim mesma ai), que eu acredito que seja em parte realista, faz com que eu entenda que é natural para o ser humano ser em alguns momentos egoísta, ganancioso, perverso, cínico, mentiroso, falso, preconceituoso, agressivo, assim como pode ser surpreendentemente tolerante, solidário, amigo, verdadeiro, prestativo, dentre características mais. Mas dificilmente alguém poderá prever em que situações responderemos com uma dessas características. Apesar dos behavioristas (uma linha da psicologia que acreditava poder prever o comportamento humano através de experimentos em laboratório) acreditarem nisso, é fato que qualquer comportamento na vida real, sem ser condicionado de forma intencional para se chegar a um determinado resultado, não poderá ser previsto. Os tipos de personalidades humanas são tão diversos, assim como os momentos que cada pessoa está passando (seu estado emocional e físico), que não seria possível, por mais que realmente seja o que desejássemos, prever as respostas das pessoas a um determinado acontecimento. Logo, "se decepcionar", é simplesmente não entendermos que não importa quantas expectativas coloquemos no outro, ele nunca vai preenchê-las e caso esperemos o contrário, sempre nos frustraremos. E não preciso nem falar das frustrações com a própria vida, pois a natureza e o acaso são ainda mais incontroláveis e imprevisíveis.<br />
Fecho a minha postagem fazendo uma referência ao título de hoje: quando nada faz sentido, temos que buscar algo que dê sentido a tudo, porque só assim conseguimos responder a outra questão que é "o que estamos fazendo aqui?".Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-67458205226096185092014-12-26T09:00:00.001-08:002014-12-26T09:03:21.477-08:00O que aprendi com a minha viagem ao Reino Unido - Parte II Agora vou falar um pouco sobre os lugares que fui e as minhas recomendações para ir e para com certeza fazer questão de não ir, apesar de ser apenas a minha visão sobre as coisas e algumas pessoas odiarem o que amei, ou amarem o que odiei. Uma das primeiras coisas que preciso falar é sobre o dito cujo do "London Pass" que acredito que seja um assunto controverso e alguns acham ótimo enquanto outros nem tanto. O que posso dizer desse passe é que principalmente me senti um pouco enganada com as propagandas que fazem no site, que fazem você crer que tudo é lindo e maravilhoso porque você o tem e que pulará várias filas. Gostaria de dizer que é uma farsa, porque em absolutamente nada você tem direito a algum tipo de fila especial ou o direito de passar na frente de todas as pessoas sem o passe. O que realmente acontece é que você não vai precisar entrar na fila da bilheteria, que em alguns lugares e, principalmente em algumas épocas pode ser quilométrica. Outra coisa importante é que muita coisa em Londres é gratuita, mas o passe acaba te dando direito a algumas coisas como aquele guia em áudio de forma gratuita (em alguns lugares é pago e em outros não). Mas você tem que pensar muito se vale a pena comprar o London Pass, porque dependendo do tempo que você vai ficar, é melhor você curtir as atrações gratuitas (e Londres tem muitas). O que eu recomendo é fazer uma lista das coisas que você acha que quer ir e que estão inclusas no London Pass e ver se fica mais barato comprar os ingressos por lá ou se fica mais barato o London Pass. E aviso uma coisa, você definitivamente não vai conseguir ver tudo que planeja, pois existem vários imprevistos, do tipo fila gigantes pra entrar, se perder no caminho, problemas com a linha de metrô que você ia pegar, e etc...fora o tempo que se gasta pra comer, pois nos lugares mais cheios, os locais que tem pra comer algo também ficam lotados. Eu pessoalmente me arrependi de ter comprado o London Pass, porque além de tudo tiveram atrações que eu quis voltar novamente, por não ter conseguido ver tudo em um dia e ai descobri que o passe só dá direito a ir 1 vez em cada atração.
Entrando finalmente nas atrações e começando com as pagas, vamos falar do famosinho museu de cera Madame Tussauds, que todo mundo conhece ou já ouviu falar. Eu, inesperadamente, adorei o museu, mas no meu caso porque achava que o museu teria apenas "bonecos de cera" de pessoas famosas e tinha muito mais que isso. Minha amiga, por exemplo, esperava que tivessem mais e ficou um pouco decepcionada. Já eu curti o fato do museu ter uma parte muito legal dos personagens da Marvel, junto com um cinema 4D. E além disso,amei a parte da câmara dos horrores, que achei muito melhor do que diversas atrações parecidas como o "London Dungeon" e também o passeio no "black cab" (que lembra muito um daqueles carrinhos de parques de diversão do trem dos horrores)que vai contando a história da Inglaterra através de cenários e bonecos mecânicos (também com direito ao 4D,com cheiros e sons da época). E no final ainda tem uma lojinha de souvenirs e uma cafeteria.
O segundo lugar pago, digno de menção é o "Tower of London" que foi justamente o lugar que não conseguimos ver inteiro, pois tinha fila dentro e fora da Torre. Inclusive, depois fui ver no site e eles estavam recomendando que as pessoas não comprassem ingressos para aquela semana, pois eles estavam mega lotados, por alguma motivo que não sei a razão. Logo, o london pass ajudou nesse passeio, pois se não tivéssemos, seríamos obrigados a enfrentar 2 filas antes de entrar e até que a fila de entrada estava andando bem rápido. O lugar em si, conta os principais acontecimentos da cidade e do país e tem várias construções dentro daqueles muros de diversas épocas. Foi palco de uma das histórias contada na obra de Shakespeare (Ricardo III)e também abrigou várias construções importantes como a Casa da Moeda,além de servir como residência para vários reis ingleses e ser o palco de algumas batalhas importantes. O Tower of London é um lugar imenso e é na verdade formando por várias construções como torres, palácios, igreja, e todos possuem uma fila específica para entrar, de tão lotado que o lugar fica. A paisagem do alto das muralhas também é incrível e é possível avistar o rio e também a Tower Bridge. Dentre as inúmeras histórias famosas, temos a de 3 das esposas de Henrique VIII que foram enforcadas a mando do mesmo. Todas elas foram mortas, simplesmente porque era a única maneira dele poder tomar outra mulher como esposas. Não vou falar de toda a história britânica que desenrolou dentro dessas muralhas ( nem conseguiria rs), pois quem tiver interesse ao visitar o local poderá comprar na lojinha deles um guia que conta muitos detalhes, ou se não for poderá acessar o site. Além disso, existem pessoas treinadas que moram dentro do local que são uma espécie de guias, que vão contando vários fatos interessantes sobre cada local. E como cada um tem liberdade para encenar e conta a história da forma que quiser, é possível até dar algumas risadas.No final já ia esquecer de mencionar uma das mais famosas figuras mundiais atualmente que é o Guy Fawkes, conhecido pela máscara com seu rosto do personagem principal em "V de Vingança" e pelo movimento Anonymous. Esta figura histórica que tentou explodir o parlamento inglês, também ficou na Tower od London como prisioneiro e ali mesmo foi torturado para entregar o nome de seus companheiros.
O terceiro lugar que eu acho que não pode faltar uma visita é a Westminster Abbey, que também conta muita da história da Inglaterra e é o local onde os reis e rainhas tem sido coroados por séculos. Essa bela construção em estilo gótico, também é imensa e conta já na entrada com um guia em áudio com um percurso pré-definido para que a pessoa possa obter mais informações históricas sobre o lugar . A igreja chama a atenção principalmente pelos seus mortos, muitas pessoas famosas ali estão enterradas. Você vai encontrar no chão ou em mausoléus belamente trabalhados nomes de grandes físicos, escritores, reis e rainhas ingleses e figuras ilustres. Nomes que se destacam em minha mente agora são: Jane Austen, Darwin, Isaac Newton,Charles Dickens,Geoffrey Chaucer, Lewis Carrol e uma figura que ficou pouco tempo ali enterrado: "Oliver Cronwell", o líder da revolução republicana inglesa .A mais conhecida rainha inglesa, a rainha Elizabeth, e sua meia-irmã Blood Mary (esta última famosa pela perseguição aos protestantes em seu curto reinado) também se encontram nessa lista e seus restos mortais repousam em 2 mausoléus, ricamente trabalhados em esculturas de mármore.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgxMOMh7xPZuxUR7X4Q6X8BRn2RVDl8CVZ5_88qfT-rmKdn7fIGJ9z4hScxw8SIavSS2SSz5FzZHd2-wwZfFcDjTBEvioF8wWbk3dpAMGJp-JJR0MwvZQFlfji0cT8o42T1mabmI_5QrA/s1600/tower+bridge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgxMOMh7xPZuxUR7X4Q6X8BRn2RVDl8CVZ5_88qfT-rmKdn7fIGJ9z4hScxw8SIavSS2SSz5FzZHd2-wwZfFcDjTBEvioF8wWbk3dpAMGJp-JJR0MwvZQFlfji0cT8o42T1mabmI_5QrA/s1600/tower+bridge.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHfRDBfC6WRIx7iyPqe1HgUuFvv_yX10IIOiyQ8Gi0-bPVzksoGesGjONCjsLUV5UsvCPr9FV23LckLZT4aGr1qqHYns4-MzuWNR4AZ_ETCAnbXatNhkP5d_-va9WAkvgo8OlFK5ty04/s1600/westminster+abbey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpHfRDBfC6WRIx7iyPqe1HgUuFvv_yX10IIOiyQ8Gi0-bPVzksoGesGjONCjsLUV5UsvCPr9FV23LckLZT4aGr1qqHYns4-MzuWNR4AZ_ETCAnbXatNhkP5d_-va9WAkvgo8OlFK5ty04/s1600/westminster+abbey.jpg" /></a></div>
Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-24667384233214737382014-12-26T05:48:00.006-08:002014-12-26T05:48:56.606-08:00Textos de exposições Pensando um pouco esse fim de semana nas minhas férias, nos meus estudos que ficaram de lado e na minha vontade de continuar estudando história da arte e outras coisitas mais, me fez revirar meus e-mails antigos em busca dos meus antigos textos sobre exposições. Esses textos eu escrevi na época em que estava fazendo um curso no Parque Lage com a Fernanda Lopes chamado "Laboratório de pesquisa e prática de texto em arte". Toda semana tínhamos que escrever algo sobre uma exposição que escolhéssemos visitar e apresentar na aula. Vou toda semana colar um desses textos aqui, pra quem sabe despertar a curiosidade de algumas pessoas sobre arte e sobre alguns artistas específicos.
Exposição “Simplesmente Doisneau”
A exposição “Simplesmente Doisneau” que permanece em cartaz até o dia 17 de Junho no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), comemora o centenário de nascimento de um dos mais renomados fotógrafos franceses do século passado, Robert Doisneau (1912-1994). A curadoria fica por conta de Agnès de Gouvion Saint-Cyr, que escolheu 152 fotografias em preto-e-branco para compor a mostra, que se encontram espalhadas por quatro salas do CCJF, divididas entre doze temas.
Interessante durante o percurso da mostra é observar a variedade de situações em que Doisneau procurou captar as pessoas da capital francesa, desde mulheres em vestidos de noiva até à soldados caídos no chão em posição desoladora durante a Segunda Grande Guerra. Outro ponto alto das fotografias é o semblante dos franceses retratados, pois parece que o artista consegue capturar um momento muito específico e oportuno, de forma natural e espontânea, e por um momento aqueles olhares a quem olha, parecem querer dizer algo, que ficou congelado no tempo através daquela imagem.
É a vida noturna, crianças, soldados, mulheres, mendigos, pedintes, bares, restaurantes que o artista recortou no tempo, tornando-as imagens icônicas que até hoje são vendidas como souvenires em postais e calendários, como a famosa cena de beijo entre um casal ("O beijo do Hotel de Ville"), que ao nos depararmos, logo vem à mente uma espécie de dejavú que diz: já vi isso antes em algum lugar.
Mas não é só um ar melancólico que enche o visitante ao se deparar com aquelas fotos de uma Paris do século passado com seus caffes, é possível identificarmos uma pitada de humor e um uma descrição detalhada de interiores da época. Em uma aparente fotomontagem, Doisneau une diversas fotografias de vários apartamentos em um mesmo edifício, algumas lado a lado (como se fossem vizinhos) e outros abaixo (representando os andares), em que podemos observar o interior de cada um deles, como se fossemos voyeurs de todos esses lares, com seus objetos próprios que dão uma certa personalidade a quem ali habita.
Mais a frente nos deparamos com uma sequência de fotografias, em que em cada uma delas aparece uma pessoa diferente, mas olhando para o mesmo quadro, de uma mulher nua, que se encontra em uma vitrine do que aparenta ser uma loja ou talvez uma galeria. O que atrai o olhar nessas fotografias é como as reações divergem, desde o espanto à indiferença. Outra série de fotografias de destaque são aquelas em que retrata visitantes do Louvre observando a “Monalisa”, que apesar do status da obra a qual faz referência, as imagens e a fotografia em si não despertam muita atenção.
Fechando a exposição, a última sala possui as já mencionadas sequências e algumas outras fotos de um concurso de tatuagem, que são artisticamente belas pela própria estranheza que os desenhos causam por serem um tanto quanto peculiares . Chama a atenção também o fato do artista escolher tatuagens de péssima qualidade, fazendo-nos imaginar que se fotografou de fato um concurso, escolheu retratar os perdedores. E em um telão o documentário “Robert Doisneau: Tout Simplement”, de Patrick Jeudy, de 67 minutos, que conta um pouco da vida e do trabalho do fotógrafo. Esse filme apesar de dar conta de informações que não são passadas ou não ficam claras durante a visitação, por ser muito longo, não se adequa bem ao formato de uma exposição, cansando os espectadores que se levantam antes do fim.
Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-51492777754259945632014-12-19T12:38:00.001-08:002014-12-26T09:23:17.842-08:00O que aprendi com a minha viagem no Reino Unido - Parte I O que dizer da viagem que fiz de 20 dias de muito perrengue e estresses e deslumbres? Tanta coisa passada nesses 20 dias que daria história para muitos e muitas postagens, por isso resolvi numerá-las, assim como todas as postagens que eu resolver continuar. Começando com os perrengues e os trens, descobri na vivência que os trens no Reino Unido não eram como os filmes que eu via do Harry Potter ou as visões que eu tinha da 1º classe de trens na europa. Na minha mente era algo com ar condicionado, poltronas de luxo e confortáveis, chá sendo servido, jornal e a paisagem maravilhosa servindo de distração durante o percurso. Já a realidade, essa caiu como um balde de água fria sobre mim e ainda estou me recuperando do baque. Como eram os trens que pegávamos? Variava muito dependendo do lugar que você ia e da companhia, mas num geral todos nunca tinham muito lugar para colocar as malas e algumas vezes tínhamos que deixar a mala em pé em alguma parte do vagão, geralmente perto da porta. Moral da história, trens por lá não foram feitos pra pessoas com mais de uma bagagem pequena. Alguns que pegamos estavam bem vazios, e já outros estavam tão lotado que não conseguimos nem sentar e cheguei a passar a viagem inteira dentro de uma lata de sardinha, com pessoas suando e fedendo, e foi realmente como pegar uma daquelas lotações no Rio. Outros trens estavam vazios e sobrava muito espaço, sendo que em alguns tinha marcação de assento e você não podia sentar em todos os lugares. E as pessoas eram tão folgadas quanto aqui, vi muita gente deitada em 2 lugares e pegando o assento marcado, dai quando a pessoa chegou, teve que despertar a dita cuja do lugar. Para verem que isso não é um privilégio dos brasileiros, e varia muito mais de pessoa pra pessoa. E os trens costumam ser pontuais, mas atrasos podem ocorrer, o que nos salvou em várias das nossas viagens pra outras cidades em que ficamos por minutos de perder o trem. Passamos muito perrengue com as malas, pois tínhamos muitas malas, principalmente eu e se você não tiver tudo muito bem planejado e não sair com uma boa antecedência, corre o risco de ficar tendo que correr que nem loucos procurando em qual plataforma tem que embarcar e alguma estações são do tamanho de um shopping center! Tirando os estresses, ainda deu para passar numa lojinha do Harry Potter na estação de trem de Londres, a loja da plataforma 3/5, que tem algumas coisitas do universo de Harry Potter e que foi onde comprei minha linda coruja Edwiges.Mas pra quem quer ver mais coisa do Potter, é melhor fazer o tour da Warner, que no final te dá acesso a uma loja com tudo que você puder imaginar e quiser comprar do filme, uma maravilha pra quem não tiver medo de tirar o escorpião do bolso. Para encerrar a postagem dos trens, coloco um ponto positivo da viagem, depois de todos as críticas anteriores, que é a vista.Em alguns lugares em que passamos era realmente linda e bucólica, fazendo com que você se sentisse percorrendo um dos filmes baseados nas histórias de Jane Austen, tudo isso claro se você conseguir esquecer do cheiro de 100 mendigos que os passageiros tinham (risos), sem exageros.
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Entendo um pouco de tudo, e nada do mundo, das pessoas que nele vivem, entendo ainda menos. Um abraço assim me traz de volta outra recordação de um dia de sol que nunca vivi, mas que tornei verdadeira através de um texto que criei da profusão de palavras que habitam essa mente. Se encerro esse texto, não prometo que ao final farei sentido pra ti, talvez até pra mim, mas o que importa é que o teclado trouxe forma a todas essas ideias que aqui estavam comigo enquanto no trabalho eu monoteava e sentia frio.Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-72465360753111700402014-12-18T11:07:00.001-08:002014-12-18T11:08:15.125-08:00Dos caminhos que tomamos para lugar algum Parte I
Certo dia apareceu um menino que tinha tudo o que queria, mas não estava satisfeito com as coisas que ainda não tinha. Ele olhava todas as decisões que tomou em seu passado e no entanto, todas elas pareciam tão erradas, não sabia porque as tomou naquela época. Foi pensando, perfazendo o percurso de sua longa caminhada de 30 anos de pura meninice, do espírito jovem e aventureiro que possuía. De repente, tudo clareou em sua mente, tudo fez sentido, parecia mais um quebra-cabeça que ele agora estava montando ali naquele mente ávida, profunda e transbordante. Cada uma daquelas escolhas, cada uma delas agora fazia sentido, tinha um porquê, tinha um motivo, estava tão claro. Ele olhou pra si e viu o menino-homem que ele era hoje, pensou em cada um dos amigos que levou consigo ao longo da vida e os que deixou para trás. Pensou profundamente nas decepções amorosas que teve, nos sofrimentos e nos amores e paixões que vieram junto nesse pacote de emoções. “Que delícia”, ele pensou. “Tudo tão gostoso e com gosto de começos e recomeços, tudo isso me trouxe aqui”. Aquele dia em que caiu do alto do pé de mangueira, quando tentou pegar uma manga na parte mais baixa da árvore se dependurando. Lembrou-se do tanto que sofreu com o braço engessado, o sofrimento do gesso coçando no calor, mas ai lembrou também do gostinho da manga tirada do pé, suculenta, fresquinha da hora. Como poderia ter passado por tudo na vida sem aquela manguinha? “Eu não saberia o que é comer fruta do pé.” – pensou.
E aquela vez em que entregou uma florzinha para a menina do jardim de infância que achava mais legal, porque sempre dividia com ele o waffer e o refrigerante no recreio. Ela pegou a florzinha, achou linda, ficou feliz, mas depois deixou cair, sem dar a mínima importância, como se aquela florzinha não representasse todo o sentimento que por ela depositava. Era um gesto, era criança e não sabia do profundo significado que tinha, mas mesmo assim no dia, se sentiu triste e aquele foi o último dia que dividiram algo no recreio. Qual seria o significado de todas as desilusões amorosas futuras, se já não tivesse experimentado esse amor de criança, inocente e descompromissado, bobo, que a gente leva com o passar dos anos, nos côncavos da memória? Acho que teriam uma importância muito maior ou muito menor. Muito maior, porque na primeira desilusão poderia ter se afundado no desespero da perda e achar que podia ser a primeira morte, como uma gato de sete vidas. Ou poderia ser muito menor, pois por nunca ter vivido uma desilusão amorosa, não saber como lidar, não ter maturidade o suficiente pra dar a importância devida a um amor perdido e tornar aquele acontecimento algo extremamente insignificante.
Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1322796927797733963.post-18265253495157152802014-12-18T10:12:00.001-08:002014-12-18T10:23:00.208-08:00Aquele que todos tememos<!--[if gte mso 9]><xml>
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Hoje em dia tudo se resume a tempo, tempo gasto, tempo
passado, temporizações, temporais e tempestades. O tempo tão distante, tão
perto, se faz tão presente, tão pretérito. Sinto falta dos tempos de menina,
daquele tempo que passava assim rápido arrastado e eu não sentia passar, mas
nunca faltava-me o tempo. Era moleca manhosa, dengosa, carinhosa e gostava de
brincar, o tempo era um dos meus amigos queridos de infância. Cresci<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e virei mulher e me tornei independente,
adulta, madura algumas vezes, verde muitas outras. E a solidão do tempo
apressado me bateu com força nas costas, fazendo pesar toda a bagagem dos dias
que se passam e dos dias que passarão. Nunca agarro o danado mais, tá sempre
fugindo de mim, corre pra lá e pra cá e eu corro junto. Me esgueiro, o
espreito, mas ele escapa, me desafia todos os dias, a retê-lo um cadinho
comigo. Passo os dias então a reclamar de sua falta, ou seu excesso quando as
férias chegam, não sei mais lidar com o fujão. Ele me desconcerta, me intriga,
me transtorna. Cadê o tempo, meu deus? Cadê? Chefe me dá um cado de tempo?
Preciso de tempo, minha vida anda pros lados de lá, mais do que pros lados de
cá. Ai eu temo o tempo que se foi ou tempo que se esvai. Me vou um dia e o
tempo, no entanto por ai fica.</div>
Daianehttp://www.blogger.com/profile/03038214314759588520noreply@blogger.com2